Para compreender como tratar, é preciso entender que a Ameloblastoma é um tumor odontogênico benigno de origem epitelial, com crescimento lento, frequentemente encontrado na mandíbula ou maxila. Seus sintomas são mínimos e raramente percebidos pelo paciente nos estágios iniciais, tendo como único sintoma um inchaço na área, o que pode fazer com que demore seu diagnóstico.
Segundo o doutor Manoel Buco, o tumor é percebido através de exames radiográficos de rotina. “O ameloblastoma apresenta-se como um abaulamento endurecido que cresce lentamente. Ele invade os espaços entre os trabeculados ósseos sem reabsorve-los”, explica.
O mesmo expande o osso compacto sem invadi-lo, podendo propagar-se pelo canal mandibular. “Sua denominação é dada devido à semelhança com as células do órgão de esmalte e apresenta um comportamento biológico único que leva a controvérsias quanto a melhor forma de tratamento”, comenta o doutor.
Apesar de raro, o ameloblastoma pode estar associado a terceiros molares impactados, afetando pessoas entre 40 e 60 anos de idade. Conforme explica o profissional, os custos podem se assemelhar a um ameloblastoma no exame de imagem.
Seu tratamento é feito através da cirurgia. “O procedimento requer a remoção do osso saudável próximo ao tumor, para que nenhuma célula tumoral seja deixada para trás ou volte a crescer”, alerta. Sendo uma cirurgia agressiva, os dentes acabam sendo extraídos e pode ser necessária uma cirurgia reparadora.